quinta-feira, 11 de dezembro de 2008


Integração em Rede: Não é mais uma opção

Você acha que o mercado mudou para o seu negócio nos últimos anos? Pois creia se o seu negócio não mudou pra acompanhar as mudanças, você e sua empresa estão numa grande enrascada!

Nessa realidade competitiva onde não mais o maior come o menor e sim, os mais lentos são devorados pelos mais rápidos, como você se qualifica? Se está entre os mais lentos, prepara-se rapidamente e ... comece a correr. Mas calma, tem muita gente e recursos pra “correr” pra você, por você e com você ... quer saber como?

Estamos falando de um ambiente onde os relacionamentos é que geram negócios e estes são construídos numa velocidade espantosa. O planeta está se conectando em redes de relacionamento construídas por adesão espontânea dos seus membros, mas acima de tudo, ligadas por um novo “Modelo de Segmentação” onde os grupos de afinidade, de interesse comum se “tocam”, interagem em tempo real e propagam valores, idéias, conceitos, sentimentos, expectativas e, é claro, produtos e serviços. E nem estou falando em estruturas como a da “Second Life” (ambiente tridimensional que está sendo criado para representar uma espécie de “mercado Virtual dos negócios reais”).

Não por acaso, as redes sociais, frutos dessa nova realidade dos relacionamentos, se propagam numa velocidade estonteante. Isso ocorre pela “banalização” das tecnologias antes uma barreira intransponível, ou até mesmo as “jóias da coroa” durante muitos anos. Até a velha e boa TV que nós conhecemos, já têm, no seu modelo atual, seus dias contados (não vai acabar, mas vai virar outra coisa), se duvidam, procurem conhecer um projeto chamado "Joost" (e não pensem que é coisa de nerds pois os grandes estúdios estão nesse negócio) que vai crescer vertiginosamente quando a chamada "banda" (que determina a velocidade da transmissão de dados e imagens na rede) melhorar e ficar bem mais barata, o que não vai demorar muito dada a competitividade do setor de telecomunicações e o que aliás, já vem acontecendo nos últimos anos.

O que estou querendo dizer não é que a tecnologia ficou “banal” na acepção da palavra: estou dizendo que ela perdeu a “importância relativa”, que está sendo “dada” de “graça”, em muitos casos, em nome de uma nova forma de relacionamento que surge de forma devastadora: “a colaboração em massa” frutos também de “redes sociais” como: myspace, Facebook, Orkut, Linkedin, Plaxo apenas pra citar algumas. Estas redes disponibilizam recursos “gratuitos” para atrair gente que deseja ardentemente se relacionar com mais gente, mas não de forma aleatória ... e isso é que gera negócios, renda e...vendas.

Também não por acaso o Google (empresa que praticamente “monopolizou” o “negócio” de buscas na rede mundial) se associou ao Myspace, rede social que conta com quase 100 milhões de membros, mas que cresce a cada dia ao redor do mundo e agora tem uma versão no Brasil. E que também nesta semana, a Microsoft adquiriu 1,6% do capital da Facebook, segunda maior rede social do planeta, para não ficar de fora do movimento das “ondas”, a quem passa a fornecer sua plataforma de gerenciamento de mídia.

Já sei, já sei ... você está querendo dizer: E o que o meu negócio, aqui no Brasil, por exemplo, tem a ver com tudo isso?

Recente pesquisa da consultoria Booz Allen Hamilton, revela que 38% dos internautas brasileiros estão dispostos a aceitar recomendações de compra feitas por membros desconhecidos de comunidades virtuais. Essa média é próxima da média mundial que é de 40% o que denota, em primeira análise, tratar-se de uma tendência mundial, sendo, portanto, parte de um comportamento global que afeta diferentes mercados ao redor do mundo.

Ainda no mesmo estudo, vemos que no chamado ambiente de "colaboração em massa" (termo utilizado no livro WIKINOMICS - Como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio, de autoria de Don Tapscott & Anthony D. Williams) na chamada web 2.0, podemos verificar que 50% das pessoas que acessam a internet em todo o mundo visitam sites de relacionamento com freqüência (pelo menos uma vez por semana), o que garante cerca de 420 milhões de usuários.

No Brasil, país onde é extraordinário o número de adeptos a esse tipo de comunidades e figura sempre entre os paises de maior número de membros do Myspace e Orkut (que juntamente com a Facebook disputam a liderança), por exemplo, 76% dos internautas visitam estes sites com freqüência, contra 73% na Alemanha, 71% nos Estados Unidos e 41% na Inglaterra. No Oriente Médio, por sua vez, este percentual é bem menor, de apenas 15%, aponta o estudo da Bozz Allen.

Pois bem, o seu negócio vai viver ou vai morrer se você não entender, ou melhor, se não se adaptar a essa nova realidade do ambiente competitivo. Sim, estou falando de criar redes, alinhar-se a outras e começar a, “de fato”, “conversar” com teus clientes todos os dias, direta ou indiretamente. A razão para fazer isso é simples: estamos falando de um movimento que representa algo irreversível e também que o Brasil é o ambiente onde essas redes crescem acima da média mundial, basta ver o percentual de brasileiros a integrar tais redes.

O ambiente virtual detonou as barreiras físicas, geográficas, mas também determinou suas regras. É disse que você tem que, desesperadamente entender e aprender a dominar. Estamos falando de uma nova linguagem que representa anseios pra lá de velhos. O de pessoas encontrando pessoas e trocando informações que geram negócios. Claro que essa interação representa algo bem mais complexo e abrangente do que eu poderia analisar aqui (isso fica pra outro artigo). Mas a web, como a evolução natural do Marketing Direto, encontra na segmentação, seu melhor caminho. Imaginem uma comunidade para idosos. Pois foi lançada na Inglaterra, esta semana e nos primeiros dias aderiram 13 mil membros com idades variando entre 60 a 87 anos.

O fato é que isso ocorre porque foi criado um ambiente propício ao desenvolvimento de tais relações (para quem deseje se aventurar um pouco mais nesse assunto recomendo conhecer um pouco do trabalho de um importante especialista nessa área, o Tunisiano e Filósofo da informação Pierre Lévy).

Mas eu falei clientes? Vixe, é bem mais do que isso, é integrar em redes colaborativas toda a sua cadeia de valor... ou você pensa que os seus canais de distribuição serão fieis agora, quando nunca o foram? Acredite, existem poucos recursos alem do processo de “conexão em rede” com seus parceiros (entenda-se hoje como parceiros, toda a cadeia e não apenas determinados grupos, como no passado) que podem viabilizar o seu negócio e fazê-lo prosperar.

Se você já se adequou a essa realidade sabe bem o que estou dizendo e o quanto ainda tem que fazer daqui em diante. Se ainda não: espero que esse “alerta” o faça pelo menos pensar pois só assim deveria começar a ação. Ah! Esqueci de dizer: Numa rede colaborativa teus clientes também pensam por e com você e isso “é quase de graça”. Depois explico isso melhor...

Bem, como tudo na rede: você pode acreditar, não acreditar, desmentir ou corrigir e até acrescentar sobre tudo o que acabo de escrever (é assim, por exemplo, na wikipedia) e esse é o grande barato da rede. Por isso meu e-mail estará aberto para seus comentários. A propósito, como eu me tornaria parte da rede da “Caroline Lavelle”, uma de minhas cantoras preferidas, se não fosse o myspace?

No próximo artigo falaremos sobre as “empresas Neurais” ou empresas que funcionam na “velocidade do pensamento”, como disse o Bill. Mas é claro que podemos falar de qualquer outro tema se vocês quiserem... é só interagir.


2 comentários:

Luciano Luc Pinheiro disse...

Olá Sanchez,

Parabéns pelo Blog.

São mais do que informações, mas elementos para reflexão sobre nossos negócios.

Para mim chega em boa hora, pois estou discutindo uma "nova" empresa, muito mais próxima de nossos clientes.

Ed Hummig disse...

Grande San,
Como sempre... "na crista da onda"!!
Sempre antenado com as tendências da WEB... agora WEB 2.0 com mais participação de todos com opiniões e comentários.
Parabéns pelo BLOG!! Estarei sempre acompanhando as suas dicas.
Abração,
Ed