quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

FINE ART FOTOGRÁFICA E O DESIGN DE INTERIORES

Se eu tivesse que definir fotografia em uma única palavra, ela seria: memória. Não me refiro à estrutura funcional que todos os homens normalmente possuem mas sim, à capacidade humana de captar imagens significativas e armazena-las de forma tão peculiar transformando-as em infinitos significados. Falo também do ato de recolher imagens, reprocessa-las (edita-las), ou seja, um fenômeno ótico, que está impregnado do emocional e que determina o ato pessoal em termos de decodificar luz e cor: algo único que varia de pessoa pra pessoa, tecnicamente. Além disso, as imagens que produzem as memórias tem três propriedades absolutamente espetaculares:

A Temporalidade: onde “tudo é mais tarde” como dizia o Nosso Poeta maior, Carlos Drummond de Andrade, para quem o ato de recolher imagens é menor do que as memórias que as resgatam e lhes dão “cor”, detalhamento e significados...no futuro. A Singularidade: onde nada que é recolhido pelo nosso olhar é igual ao que o outro vê, porque o significado vem do casamento mágico entre a colheita e tudo aquilo que já temos armazenado pela nossa vivência (um imenso estoque de memórias).

A Generosidade: com que as imagens recolhidas e oferecidas pelos fotógrafos, colhedores de imagens, seja pela técnica; seja pela sensibilidade do olhar ou seja pela capacidade de ver com os olhos do outro (uma espécie de inconsciente coletivo, acidentalmente (?) consciente!), são um vasto e rico material pelo qual cada ser humano tem a capacidade, de se apropriar, reprocessar e utilizar essa leitura, na construção das próprias imagens que servem de alimento pra memória: entenda-se vida... a vida que é mais tarde, como o solo que vai sendo adubado... que irá fluir e produzir lindas árvores.

Dessa forma, a arte de fotografar é a arte de recolher e doar memórias, estas construídas por quem se apropria delas. Esse sim, é o verdadeiro ato de fé dos artistas visuais, dentre os quais os fotógrafos se inserem. Logo, a arte não é arte senão pela apropriação dos outros sobre essa produção... até então, apenas um ato de doação/compartilhamento, um garimpo ou desvario, da argamassa que ajuda a edificar o arcabouço simbólico de que é feito o ser humano.

Na fotografia, histórias esperam pra se revelar pelo olhar de quem registra mas, acima de tudo, pelo olhar de quem as recebe, as vê, decodifica, lhe empresta significados e lhes dá sentidos, claro, dos mais variados e não raro, inusitados.

Dentro dessa elucubração, o que seria, de fato, a presença cada dia maior, da Fotografia na nossa vida e, principalmente, como o texto propõe: na Decoração?

Podemos dizer que a Arte fotográfica, mediante a produção de Obras autorais que carregam o significado e a técnica de seus autores, aliada às tecnologias das mídias de impressão cujo conceito e produção já possuem cerca de 500 anos de história/desenvolvimento (não os papeis que tem milhares de anos e refletem a ansiedade do homem em vencer o tempo produzindo e registrando vestígios de sua marca sobre a Terra), tiveram crescimento muito acentuado nas últimas décadas no mundo. No Brasil, esse crescimento é mais recente e remonta a última década principalmente, tendo acelerado nos últimos 5 anos.

Esse crescimento também representou um processo de segmentação importante: o de colecionadores (que buscam o valor econômico pela percepção, em geral simbólica, da obra: de que outra forma poderíamos explicar a aquisição da Obra Ghost, de Peter Lik por cerca de U$6.5 milhões? Essa abordagem vem sendo disseminado há décadas e cresce no país mas, acima de tudo o de DECORAÇÃO (Design de Interiores): tanto junto a arquitetos/decoradores quanto a clientes finais, que enxergam os aspectos estéticos (não necessariamente símbolos ou os significados). Ou seja, na maioria das vezes a fotografia é vista pelo seu poder de composição estética (mais que pelo valor artístico que é subjetivo): cores, texturas, contrastes, etc., cada dia mais qualitativo e apresentando elementos expressivos (valorização da estética em primeiro plano). Entenda-se que o belo, está absolutamente vinculado à nossa capacidade de sentir, de ser impactado por elementos que nos transmitem paz, tranquilidade, excitação, enfim, sentimentos.

Dessa forma, se entendemos o uso crescente da fotografia, principalmente, pelos seus atributos estéticos e sensoriais (cabe ressaltar que o que mais espanta no “case” Peter Lik, não é o fato de ter vendido uma única obra por U$6.5 milhões, mas o fato de ter vendido, nos últimos anos, mais de U$400 milhões em obras destinadas ao ambiente da decoração), podemos atribuir o crescimento da participação da Arte fotográfica na decoração, dentre outros, aos seguintes fatores objetivos:

A expansão dos projetos chamados CONTEMPORÂNEOS (mesmo que fotografia tenha sido utilizada desde sempre em todos os tipos de projetos) que, por suas características (elementos frios como metais, lacas, vidro e ambientes monocromáticos), demandam elementos de composição (que contribuem para aquecer/humanizar/Harmonizar) como: Tapeçaria, Objetos diversos e OBRAS (artes visuais). Nesse caso, a evolução estética e a questão da similaridade com artes plásticas, numa boa relação custos X benefícios, tem sido determinante para alavancar os negócios em Arte Fotográfica. A flexibilidade (principalmente à partir do advento da fotografia digital) que a arte fotográfica oferece aos especificadores (arquitetos/decoradores), permitindo, na grande maioria das vezes que uma obra possa ser customizada, considerando a demanda dos projetos: me refiro ao dimensionamento dos formatos que se adequam aos espaços disponíveis. E também não raro, ajustes na Cor buscando uma maior harmonia (do ponto de vista estético) com os ambientes em si onde elas se inserem.

Além dos fatores citados, podemos ressaltar: a oferta de obras autorais (assinadas por fotógrafos/artistas de inegável talento); o salto de qualidade das mídias e da tecnologia de impressão; a rapidez na produção/entrega; a durabilidade das obras e os preços atrativos (lembrando que a sua aplicação se dá ao final dos projetos quando os orçamentos já estão bem “curtos”. Nesse caso, a fotografia acaba sendo vista mais como objeto do que arte: “quadro na parede”).

Em suma, como podemos definir (sem esgotar) FINE ART Fotográfica, nesse contexto?

De forma simplificada podemos dizer que é o termo que designa BELAS ARTES em inglês. Inserida nas Artes Visuais, conceito que é amplo, envolve, alem da FOTOGRAFIA, outras áreas como o teatro, dança, pinturas, colagens, gravuras, cinema, escultura, arquitetura, moda, paisagismo, decoração, etc.. Uma vez aplicado a Arte Fotográfica, representa uma fotografia tratada com alta qualidade de produção e impressão e que apresenta durabilidade ( em boas condições entre 50 a 250 anos). Do ponto de vista da Arte, representa a produção Artística peculiar do Fotógrafo autoral e sua visão de mundo, além de sua técnica de captura. A tecnologia aproximou muito a Arte fotográfica das Artes plásticas do ponto de vista estético, da textura, da cor... Dizem que o Fotografo Fine Art “é o pintor que utilizar lentes como pinceis”.

A ARTE DE FOTOGRAFAR É A ARTE DE ENXERGAR O UNIVERSO COM OS OLHOS DA HUMANIDADE.

ALGUMAS REFERENCIAS DO MEU TRABALHO:

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A VIDA PELA JANELA DOS SMARTPHONES

Foi a Wi (Wilma Bolsoni) que me motivou a escrever este artigo, quando disse “... Espero que o seu Blog possa “mexer” com as pessoas que assistem o mundo se transformar pela janela...” Isso me fez refletir em algo que venho pensando com alguma freqüência nos últimos anos e que esta relacionado à revolução de conceitos que os meios de comunicação, principalmente a internet, trouxeram para as nossas vidas. Falo de comportamento mesmo.

De imediato me vieram duas diferentes imagens a mente. Numa delas vi a pequena cidade do interior onde aparentemente nada acontece, como foi descrito por nosso poeta maior, Carlos Drummond de Andrade em “Cidadezinha qualquer”... Nesse texto, encontra-se retratado o cotidiano pacato e sem sentido de uma comunidade onde a vida passa sem sobressaltos e nem novidades, tornando seus moradores em protagonistas de um roteiro sem graça, ou como decreta o texto, “Eta vida besta, meu Deus”.

Na outra imagem, quase oposta, vi muitas outras pessoas que conheci, dentre tantas que não conheço e jamais conhecerei que, como na musica do Kid Abelha, “Nada tanto assim”, vivem “ensaiando” uma vida que jamais viverão, por absoluta falta de foco, de objetivos claros. Em comum, o fato de que, de um jeito ou de outro, essas pessoas vêem a vida passar pela “janela” o que, por um paradoxo, configura os dois extremos convergindo para uma única constatação, que representa o fato de que essas pessoas, tão diferentes, compartilham um vazio existencial que faz adoecer suas almas.

Em psicologia, definimos o ser humano como sendo um ser eternamente em falta, ou seja, fragmentado e incompleto. Logo, o que melhor caracteriza o homem e a eterna falta ou por outro a eterna busca por saciar uma lista interminável de desejos e aspirações ao longo de sua existência.

Nesse contexto eu vejo a “janela” do computador (e hoje do Smartphone) como uma armadilha letal para as pessoas. Se por um lado a "rede" representa, como dizia o Sidnei, meu ex-sócio, “o buraco da fechadura”, pelo qual se enxerga o universo sem aparentemente, ser visto, por outro lado pode remeter a um processo de alienação sem precedentes na historia da humanidade...uma forma de criar um universo paralelo fora da realidade.

Um dos marcos na evolução da Educação foi o Construtivismo de Jean Piaget, para quem “o principal objetivo da educação e criar indivíduos capazes de fazer coisas novas e não apenas simplesmente repetir o que outras gerações fizeram”. Ora, isso somente e possível pela experimentação ou, em outras palavras, pela ação e não apenas pela informação. O que quero dizer e que informação e conhecimento que não se apliquem a ações concretas e efetivas, não servem pra nada. Ai que mora o perigo... boa parte de nossas crianças e adolescentes estão sendo “criados” pelo computador (ou pela telinha dos smarts), ou seja, vêem o universo pela “janela” do computador/smartphone e, cada vez mais, trocam a experiência construtivista, pela teoria ou por “caminhos prontos” que podem ser “baixados” pela internet.

Eu próprio, um “havy user” de internet, sei exatamente o quanto ela pode alienar ou mesmo criar um “universo” paralelo entre a realidade e a fantasia. Ainda hoje eu li uma matéria falando de que o Brasil é o terceiro no Ranking de utilização de Internet via Smartphopnes: 3:40 hs em média por dia (perdendo apenas para Tailândia e Arabia Saudita. Isso na China, para os jovens, representa mais de 50% do tempo útil, fato no mínimo curioso para um povo que há milênios tinha na espiritualidade e meditação sua marca mais característica e hoje, são o povo que mais destrói a camada de ozônio e ferram o Planeta. Há sem dúvida, em relação a esta estatística uma espécie de alienação digital da vida real: um grande risco, principalmente para os jovens.

Mas o que de fato gostaria de colocar em discussão ou em questão, representa o fato de que sinto uma dissociação entre acesso a informação e ao conhecimento e ações concretas por parte de muita gente ou, em outras palavras, há um processo em marcha que transforma um grande numero de pessoas, principalmente jovens, em meros espectadores da vida que “passa” simplesmente, seja pela janela da TV, Smartphones ou seja pela janela do Computador (o que na verdade já se fundiu na mesma coisa: tudo está disponível nos smartphones).

Não por acaso, no dia em que o WhattsApp ficou 24 horas fora do ar, apesar da comoção nacional, houve certamente, um aumento da produtividade nas empresas, alem de certamente ter sido provocada uma estranha letargia para muitas pessoas, já escravisadas por essa tecnologia: uma espécie de "doping" (no Brasil estudos apontam que há 170 milhões de pessoas com sintomas de uso abusivo de internet: uma epidemia).

Bem, para dar um sentido pratico a toda essa conversa, considerando que a virada de ano sempre representa simbolicamente um marco, uma “estaca Zero”, onde podemos estabelecer alguns princípios ou objetivos que podem mudar, para melhor, nosso comportamento no ano que chega, vamos ser práticos. Dito isso, ai vão algumas sugestões que podem representar um antídoto para todos (e obviamente me incluo nisso) no sentido de transformar em ações concretas, todo esse emaranhado de informação, e obvio, que podem contar com a ajuda, insubstituível hoje, da internet.

Vamos Lá...

Estabeleça alguns objetivos (o que, como, quando):

Pense em coisas que você gostaria de fazer ou conquistar. Não importa o que, mas pense em “fazer”, ou seja, ações e não apenas abstrações ou coisas imaginarias. Objetivos são coisas que a gente tem que escrever e planejar sua execução. Daí pesquisamos, coletamos e agrupamos informação, transformamos isso no conhecimento necessário para por em pratica... fazer, fazer, fazer, eis a palavra chave.

Melhore seus relacionamentos com Gente “de verdade”

Entre em todas as comunidades que achar que deves, mas acima de tudo, pense em ações, ou seja, procure encontrar fisicamente (e não apenas virtualmente) o maior numero de pessoas que conseguir, com a freqüência que julgar necessária. Tem coisas que só fazem sentido quando são feitas ou ditas, olho no olho. A internet permitiu que você encontra-se gente que talvez jamais encontrasse de outra forma, mas contato físico continua sendo essencial. Você pode conhecer uma pessoa, por exemplo, num site de relacionamentos, mas a relação somente poderá evoluir se você conhecer fisicamente essa pessoa, do contrario não passa de masturbação. Claro, cuidado com as armadilhas que representam pessoas inescrupoulosas e mal intensionadas (existem muitas maneiras de se defender disso).

Seja um profissional melhor e mais estratégico

Quem sabe seja este o melhor momento para você avaliar (auto avaliar...) que tipo de profissional você tem sido. Um bom profissional hoje, na minha opinião, será sempre aquele que vê a empresa onde trabalha, como sendo sua, ou seja, que está entranhado, envolvido ate os ossos com os objetivos do negocio. Somente se pode crescer se o negocio cresce também. Então, qual o grau de envolvimento você tem tido como “empregado”. Você tem sido um empreendedor ou simplesmente um batedor de ponto... Se você quer ser um profissional melhor, estabeleça isso como objetivo e daí têm duas frentes de pesquisa que resultarão em ações. Numero um... conheça muito mais e melhor o negocio em que trabalha, seus objetivos e seus desafios, em todos os sentidos. Numero dois... determine os atributos que você, como profissional, empreendedor desse negocio, precisa ter e busque essas competências, lembrando que, competência, como diria meu amigo Alvaro de Souza, sempre representa aquilo que te mantém (que mantém seu emprego e sua posição) e conceito, representa tudo que “seu chefe” espera de um colaborador para que possa promovê-lo ou lhe dar missões mais importantes. Se dono da empresa, pense nos teus concorrentes e nos clientes, que são na realidade “os seus patrões”, pois não existe ninguém sem “patrão” nessa vida.

Seja um ser humano melhor – e Melhore o “universo”. Melhore o Brasil

Sempre será possível ser melhor e, para isso acontecer, será preciso não deixar “o mundo se transformar pela janela”: as pessoas que melhorar o mundo estão nas ruas, nas empresas, nas escolas, etc... em ação. Ser melhor significa não ser alienado; participar da construção de uma empresa, de um bairro, de uma cidade, de um clube, de um pais, de si mesmo... de um planeta melhor. Se hoje podemos ver tudo de ruim que acontece em todos os lugares e, se estamos mais e mais conectados, isso significa que podemos ter uma postura ativa e proativa em relação aquilo que afeta a própria humanidade. Não por acaso, o “voluntariado” cresceu significativamente depois do advento da internet. Porque sabemos dos problemas e de como podemos ajudar, mas muitas vezes, ajudar significa fazer pequenas coisas... li uma vez uma frase, se não me engano, atribuída a Henry Ford, que dizia mais ou menos isso “entre as grandes coisas que não conseguimos fazer e as pequenas que não fazemos, o risco maior representa não fazermos absolutamente nada”. Assim, o melhor mesmo será seguir o que disse Charles Chaplin “Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”.

Melhore a sua saúde, mude de atitudes e de comportamentos

Você quer viver muito (atualmente, é possível estabelecer uma expectativa de vida ao redor dos 100 anos) ou quer viver bem e com saúde. Sabemos que embora haja uma relação entre qualidade de vida e a longevidade o importante talvez seja a qualidade com que se vive. Qualidade de vida esta estreitamente ligada a atitudes e hábitos saudáveis e atitudes são decisões pessoais que você tem que tomar, ninguém pode fazer isso por você, ou pelo menos, não deveria. Se você quer saber quais são as atitudes e os comportamentos relacionados a uma melhora significativa da sua saúde, basta meia hora de internet (isso é uma das magias da rede)... depois, vá ao medico fazer check-ups, pois caso em contrario, somente uma bola de cristal. Respeite teu corpo, respeite o ambiente, respeite teus limites e saiba que boa parte do que chamamos de vida saudável esta, em grande parte, ligado a atitudes e comportamentos. Um balanço honesto do que tem feito nos últimos tempos pode ser o melhor ponto de partida pra estabelecer novas regras e virar o jogo.

Invista em Bom Humor – A energia que atrai coisas boas

Talvez uma das piores doenças de nosso tempo seja o mau humor, isso tem nome em psicologia, se chama “transtorno de humor”, ou nos casos mais graves “transtorno Bipolar de Humor (Psicose maníaco depressiva) e, das duas uma, ou você aprende a lidar com causa e efeito do mau humor ou precisa de medico e remédio, pois ninguém agüenta mau humor. Atitudes de isolamento e introspecção levam, freqüentemente a condutas anti-sociais e a uma inaptabilidade de vida social. Bom humor não significa apenas dar risadas vendo pegadinhas do “Faustão” ou aqueles vídeos malucos que nos mandam via email, em geral humor “negro”. Bom humor esta mais relacionado a um estado de espírito, quando nos encontramos “leves” de alma e conseguimos “digerir” mesmo coisas pesadas com um toque de humor. Pense nisso, pois “bom humor contagia e mau humor contamina”. Como diria meu amigo Carlos Escobal, um estado positivo de humor esta em não querer “apagar fogo com gasolina”... o que de per si, já evitaria pelo menos 70% dos conflitos.

Viva mais ao ar livre – Você faz parte da natureza

Estamos todos e cada vez mais, confinados em casas, escritórios, escolas e hoje, Smartphones. Muitas vezes nos esquecemos a ultima vez que saímos simplesmente para tomar sol, tão necessário para nosso equilíbrio e saúde. Imagine todos aqueles lugares maravilhosos que você pode visitar “virtualmente” e que jamais ira conhecer efetivamente. O ser humano carece de verde, de montanhas, de lagos, de campos, de praias... quantas vezes a gente mora na praia e “não vê o mar”, ver no sentido de “sentir” de admirar essa dádiva da natureza. Curioso que ate mesmo presidiários tem seu “banho” de sol e, muitos de nos, passam dias e dias sem sair pra tomar aqueles minutinhos básicos e necessários de sol diário. Então, livre-se, pelo menos parcialmente, dos seus “grilhões” ... Visite lugares nunca dantes visitados, saia, vá pra rua...

Canalize seus Estudos – Foco, foco, foco nos objetivos

Como disse mais acima, informação só pode se transformar em conhecimento pratico mediante ações. De que adiante um excesso de informação se não vamos fazer nada com ela. Melhor então, será você decidir claramente seus objetivos e focar seus estudos e pesquisas em como proceder para atingi-los. Sempre me lembro, quando penso nisso, daquele celebre frase do filosofo Sêneca... ”Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável”.

Crie uma lista de benfeitorias – “Somos seres inacabados: em permanente construção”

Como já diria nosso grande filosofo Mario Sergio Cortella, “não nascemos prontos”, ou seja, somos um projeto de construção que deveria ser melhor a cada ano. Se você pretende ser um profissional melhor, um amigo melhor, um filho melhor, um pai ou uma mãe melhor e, enfim, um ser humano melhor... construa-se continuamente. Você não vai ter uma melhor oportunidade do que essa, mas claro que isso não será uma tarefa simples e nem fácil. Para chegar La, você precisa elaborar uma listinha de melhorias. E, por mais que a critica alheia seja um instrumento, somente por meio da auto-critica você vai poder “melhorar o produto” que você representa e que as pessoas vão comprar ou descartar.

Espiritualize-se

Não importa em que voce acredita: o importante é ter a consciencia de que existe um universo espiritual onde o próprio sentido ético se materializa. O universo e a própria vida são mistérios que requerem abstrações sem as quais forma-se um vazio existencial. O sentido da vida é, sobretudo acreditar nos sentidos ocultos que criam e recriam as conexões que mantem a vida e as relações na Terra. Nada se dá ao acaso: somos frutos de fenômenos interconectados que tem misteriosas relações de causa e efeito. Aos mistérios da sincronicidade e da eterna conspiração que muitas vezes chamamos de coincidências... é a isso que me refiro. Logo, encontre espaços para meditar e para limpar sua mente de toda essa polução (hoje extratosférica) de estímulos a que estamos submetidos. Só é possível encontrar o necessário equilíbrio pelo cultivo da espiritualidade que nos permite adentrar, sem ter que explicar, nos mistérios divinos da criação.

Bem, meus votos são para que todos, no ano que se aproxima, não vejam, pela Janela, o mundo ser construído. Ao contrario, que possamos ir todos pra “rua”, ser os atores de uma imperiosa e vital construção.

Feliz 2016!!!

O ATO DE COMPARTILHAR

Nas intrincadas CONEXÕES OCULTAS que regem o universo, se escreve, continuamente um livro documental da vida, em forma de imagens. Muitas dessas imagens podem ser vistas, se prestamos atenção ao que nos cerca, nessa estrada que trilhamos ao longo de nossas trajetória. O curioso de estar atendo, de ser observador de tais fenômenos, é o fato de que eles criam registros permanentes no arquivo de nossas memórias. Essas memórias podem (e devem) ser compartilhadas com outras pessoas que, ao recebe-las, tambem as absorvem só que, cada qual, dentro de um processo de revelação (imediato e tambem futuro) único que contem elementos de identificação, é claro, mas tambem o resultado de um processo de construção que as temperam com suas outras memórias e vivências. Não por outra razão, o ato de compartilhar é, em verdade, o ato de presentear e habilitar-se a ser presenteado. O ser humano tem, por característica, o fato de ser simbólico, alem de fragmentado (nunca está pleno e sempre em falta, em busca de...)e é, nesse aspecto que as conexões em rede que experimentamos hoje, abrem um canal mágico de coexistência.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O QUE PENSO SOBRE FINE ART FOTOGRÁFICA

Este ano, em algum momento, tentando falar sobre FINE ART dei uma resposta que transcrevo: espero que ajude! Aí vai... Temos duas definições (dentre infinitas…). Uma é técnica e a outra filosófica, lembrando que o ser humano é um ser simbólico e que o que o caracteriza é a terna falta…não somos plenos. Definição Técnica: Fine Art é basicamente o termo que define as artes. Se falamos de Arte Fotográfica, estamos falando do segmento das artes visuais (tanto quanto as artes plásticas, que tambem se inserem nessa categoria) que, deve ser autoral e estar impregnada por significados. Atualmente, associada a tecnicas de impressão e montagem, a fine art fotográfica compreende um processo de captura de imagem pelo artista, impressa com qualidade em todos os aspectos. Definição Filosófica: representa uma forma peculiar do artista (no caso o fotógrafo, se falamos de arte fotográfica) enxergar o universo que o cerca e retrata-lo com sua tecnica e conhecimentos. Esse olhar está intrinsecamente relacionado á sua vivência; experiencia; ao que acredita ou não; ao significado que os elementos imprimem no seu íntimo e na sua humanidade. São portanto elementos únicos o que determina que não existam dois fotógrafos iguais. Uma vez produzida uma obra ela ainda assim não é arte senão pela apropriação significativa de outros que assim lhe dão o status de arte. Tentando resumir mas sem concluir: Fine art fotográfica representa a tecnica/tecnologia de reproduzir, com muita qualidade, obras autorais capturadas por artistas dentro da sua forma peculiar de enxergar o universo com base na sua essencia humana feita da riqueza vivencial dos mesmos e utilizando tecnica pessoal de captura. É um processo de doação/ compartilhamento que, uma vez atingindo o “outro” que se apropria dela e lhe dá novos ou iguais significados, confere-lhe a propriedade e o status de arte. Foto de Sanchez José Manuel.

domingo, 1 de janeiro de 2012

O BRASIL QUE VOA É O BRASIL DA ALEGRIA




Há alguns dias o Genial Joãonzinho Trinta deixou o mundo físico. Tive o privilégio de compartilhar emoções e conhecimento com ele de uma forma pouco conhecida pela maioria das pessoas. Que ele defendia a "alegria" como a energia do terceiro milênio alguns já sabiam, mas de certa forma foi ele quem "profetizou" a vertiginosa escalada do Brasil para se tornar uma potencia economica (vejam bem, não digo social pois pra isso ainda falta muito, talvez décadas).

O fato é que a "despedida" do Joãonzinho coincidiu com o anuncio do Brasil como a sexta maior economia do Planeta, passando o Reino Unido (e com potencial para superar a França nos proximos 5 anos. E há quem diga que em 10 anos a nossa economia soemnte estaria atrás dos EUA, China e Alemanha).

Desde 1998 e à partir das discussões que tive com o Joãonzinho (sem entrar no profético surgimento da "sétima sub-raça", a chamada "neo-ariana", fadada a acontencer em terras brasileiras, segundo o João), passei a fazer estudos sobre o potencial da "Raça Brasileira" tambem fruto de processos imigratórios, nos quais me incluo, alem de sincretismos e movimentos etnicos complexos.

De um jeito ou de outro, seja dentro das professias de Joãonzinho Trinta, seja dentro de visões socio-tecnocráticas que tive oportunidade de abordar em meu artigo no qual republiquei, em Janeiro de 2009, a "reveladora" ultima entrevista de Peter Druker, o pai da Administração sob o título "A ERA DA INTUIÇÃO E DA ALEGRIA", seja na obra de uma vida de Dacy Ribeiro "O POVO BRASILEIRO", material que levou a cabo ao longo de mais de trinta anos.

O Fato é que o movimento está acontecendo e numa velocidade estonteante. Cabe a nós surfar essa imensa onda Hawaiana e extrair dessa conjunção "quase cosmica" as oportunidades que tudo isso determina.

Texto e imagem de JMC Sanchez

O SENTIDO DA VIDA




Sempre que um ano se inicia fazemos desejos e projetamos sonhos, quase sempre focados em "destinos", ou seja, metas e objetivos. Não que isso não faça sentido: fomos educados pra isso e os resultados sempre são a materialização de projeções que se fazem, pra um futuro ideal...as chegadas sempre se sobrepõe ao "curso".
Esse tipo de postura é como "devorar"um belo prato sem saborear...
O que quero dizer é que, se não aprendemos a desfrutar o caminho, a chegada pode ser uma imensa frustração pois é da natureza humana que as "conquistas" sejam efêmeras: sempre queremos algo alem daquilo que conquistamos...
Assim, fixe uma bandeira no horizonte do seu desejo ou axpiração, mas acima de tudo: curta o caminho, desfrute de cada centimetro da estrada; olhe a paisagem; veja quem caminha ao seu lado; compartilhe experienicas da caminhada, enquanto ela acontece: fotografe a vida.
É certo que chegar ou não chegar fazem parte de um mesmo momento efêmero de conclusão...mas o que é o fim, afinal?
Curta o caminho, meu amigo: cada dia; cada minuto; cada pedra; passaro; amanhecer e anoitecer...viva o caminho, pois é nisso que está o verdadeiro sentido da vida!
Neste novo ano, aprenda a desfrutar o maximo da viagem, já que o futuro, se acontecer, serve para realçar e materializar a vida que acontece, sempre, no caminho... e isto, é presente e passado, já que o futuro não existe a não ser numa projeção ilusória, idealizada da vida: faça planos, mas acima de tudo, curta a viagem!


Foto e texto JMC Sanchez

quarta-feira, 10 de março de 2010

DPA chega ao mercado de decoração



O Studio DivinaPhoto Art, uma criacao do fotografo JMC Sanchez, da Especialista em Decoracao Lucia Fernandes e da Publicitaria Bia Kuhnen, chega ao mercado de decoracao para explorar o universos das imagens e introduz tecnologia de design de superficie. Leia a materia no link abaixo...

DPA chega ao mercado de decoração

domingo, 24 de janeiro de 2010

Ouro Preto - Patrimonio Historico da Humanidade


As pedra falam...

No murmurio das aguas, nas projecoes dos carramanchoes, no limo dos tijolos que mais parecem pinceladas que vao do verde musgo ao terracota do barro ancestral... tudo conspira!

As luzes brincam de esconde-esconde com as sombras que se projetam criando imagens fantasmagoricas de tempos que, mesmo ao passar, vao ficando e ficando...eternamente!

A mao do homem se faz presente, com arte e suor...e eu recolho as imagens que nunca mais vao me abandonar e que, certamente vou revelar no futuro com mais e mais detalhes do que com as lentes de minha camera!

Rendem-se meus olhos ao turbilhao de luzes e matizes que transcendem ao tempo dos homens!

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sábado, 23 de janeiro de 2010

PLANO DE VOO


Olhar atento, equilíbrio precário num fundo aquoso de turmalina...mas nas asas e na envergadura de quase dois metros o Urubu-Rei faz seu plano de vôo que será preciso, como preciso sempre será: VOAR...

Clique na imagem para ampliar

Novo Ano - Novos Planos...

Como não poderia deixar de ser, quero aproveitar a virada do ano (e da década) para traçar novos objetivos. O ano de 2009 foi um ano de muitas "pontas" e transições. Talvez por essa razão não tenha postado muitos artigos neste blog (já que gosto de fazer coisas com qualidade).


Uma das coisas mais importantes do meu ano de 2009 foi a decisão de assumir meu lado fotografo profissional depois de mais de 30 anos de experiências. E como "fotografia" representa o ato de "escrever com a luz", penso que uma forma de manter este blog o mais vivo possível, será introduzir nele um pouco do resultado de minha produção fotográfica. Dessa forma, não apenas compartilho mais um pouco de "assuntos" com meus amigos, como também posso divulgar mais do meu trabalho nessa arte vital.

Em Fevereiro estarei participando da minha primeira mostra com trabalhos meus e da Hadra (industria top da alta decoração - mobiliário - que estará lançando uma coleção compondo com fotografias minhas, algo que podemos chamar de "photo-Art" aplicada a design de interiores), no Espaço Pinheiros em SP (publico o convite oportunamente).

Meu trabalho em fotografia ao longo desses anos tem sido bem eclético pois me fascinam todas as nuances que envolvem a vida em toda sua plenitude mas quero dedicar uma especial atenção a nossa Fauna e Flora, já que tenho defendido um olhar atento aos aspectos de preservação e princípios de sustentabilidade (fiz muitos posts ao longo de 2009 e pretendo continuar a fazê-los).

Bem, vamos inaugurar esse novo projeto (claro que estou construindo um site totalmente focado em imagens, cujo nome será DIVINAPHOTO - Art, que devera vir a luz nos próximos 60 dias) e assim podemos ir interagindo pois espero receber os comentários dos amigos e de pessoas que desejo conhecer e me relacionar através dessa arte... a de escrever com a luz!

Sucesso e feliz 2010 a todos!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sobre educação e Violência


Hoje, ao ler o desabafo de Vera Lucia Teixeira Fernandes, professora que leciona no ensino fundamental em Crateús – CE, no qual falava sobre sua desilusão em relação ao magistério, alem de sua desesperança em relação ao tratamento que o Estado Brasileiro vem dando ao tema neste Pais, fui levado a refletir sobre um problema que transcende o simples âmbito da educação, pois repercute, significativamente (e ela fala disso), na crescente violência que eclode, sobretudo dentro da camada da população que, numericamente, representa a maior parcela da população brasileira.

Analisando a educação no pais e o Estado de penúria em que se encontra o magistério (profissão das mais nobres e que sempre foi tão pouco valorizada), estamos mesmo num momento muito especial onde algo precisa ser reconstruído. Não foi apenas a educação tradicional que piorou e sim, houve demandas qualitativas em todos os sentidos baseadas numa nova realidade: um planeta globalizado. E se o Governo não der uma resposta satisfatória a isso, seremos um pais de segunda categoria por muitas décadas e, obviamente ninguém deseja isso. Ate porque o mercado de trabalho requer cada vez mais, pessoas mais e melhor qualificadas e em processo permanente de educação. Não tem saída, o Brasil vai ter que resolver isso ... e logo!

O magistério sempre foi mal remunerado, pouco valorizado e conseqüentemente pouco qualificado. Não e possível que os professores possam reinvestir em suas carreiras (como sempre será preciso) se não tem recursos pra fazer isso e o Estado também não faz os investimentos necessários. Mais uma vez, se o Estado não assumir o seu papel, quem perde será sempre o Brasil e os brasileiros, não importa de que classe social sejam.

Já a questão da violência, citada em grande parte do artigo da professora Vera, esse sim e um problema bem mais complicado de resolver. Essa questão sempre me faz lembrar o artigo que o Helio Pellegrino escreveu há décadas atrás onde ele falava do “pacto social”, derivado da teoria de Freud no seu “pacto civilizatório”. Ou seja, a sociedade estabelece os parâmetros da legalidade (leis) onde crime e punição estão basicamente bem delimitados. Para que isso seja aceito pelas pessoas elas têm uma espécie de compensação em cumprir a lei: “eu cumpro a lei e sou socialmente aceito e estou inserido no tecido social, gozando dos benefícios de assim estar” ...o contrario será a pessoa ser “marginal”, ou seja, ficar a margem da sociedade, perdendo com isso, “as benesses” de ser socialmente integrado e ter “seus direitos” garantidos pelas leis constituídas como direito a propriedade; educação; trabalho; saúde; etc. etc...

O que Helio Pelegrino colocou como uma espécie de guerra civil estava baseado no seguinte conceito: “o que eu ganho para cumprir as leis”, lembrando sempre que nossa natureza Animal nos diz que a lei da “selva” representa “tomar para mim o que meus instintos dizem ser meu”. Num ambiente social de tremendas desigualdades onde os que têm mais apresenta uma distancia abissal de quem tem menos ou nada tem, que espécie de compensação esta sendo dada aos já “marginalizados” cidadãos deste pais. Logo, todo esse processo de desigualdades que passa obviamente pela educação precária, mas também por inúmeras outras desigualdades, transgridem frontalmente o “pacto social” pelo qual cumprir as leis trás benefícios concretos para determinadas camadas da população, que assim, sente que nada tem a perder ficando na ilegalidade. Nesse processo, a própria “vida” o bem mais precioso de todos, fica banalizada.

Sem querer ser simplista, deixando de fora aspectos genéticos, vivenciais e educacionais, alem da flagrante desigualdade social a que são submetidas determinadas camadas de nossa sociedade brasileira, temos que admitir que as previsões do Helio Pelegrino, antes de serem proféticas, estavam profundamente calcadas num processo, em curso, que não sendo tratado como deveria pelo Estado Brasileiro, nos trouxe a esse estado de coisas: um processo de violência endêmico e de difícil solução.

Como o ônus desse tipo de política publica não convém a ninguém, nem aos Governos e nem a sociedade, torna-se iminente que possamos buscar as soluções necessárias para senão resolver num curto prazo, visto que uma solução caminha por um processo que certamente levara algumas décadas, pelo menos estancar essa sangria que nos deixa perplexos ao ver o noticiário de nosso dia a dia onde a violência, se apresenta cada vez mais e de forma progressiva, mais presente ao nosso redor... um risco real e imediato.

Mas, como também estamos na era da informação e dos processos de integração, democratização e distribuição de informação em rede, temos cada vez mais, individualmente, importância na busca de soluções que passam por: tomar consciência; elaborar possibilidades racionais; difundir informações e conclamar outras pessoas, em rede, o que certamente representa acender uma luz, e isso me parece bem melhor do que apenas “amaldiçoar a escuridão”.